Atualmente existem diversos provedores de Cloud que ofertam uma grande diversidade de serviços, para solucionar as mais variadas necessidades das organizações, estes serviços podem ser representados pelas principais siglas relacionadas a esta tecnologia, como podemos destacar:
- Infraestrutura como Serviço (IaaS)
- Software como Serviço (SaaS)
- Plataforma como Serviço (PaaS)
No entanto, apesar desses termos não serem recentes, essas siglas podem parecer um pouco confusa para os iniciantes da área, pois muitas pessoas ainda não entendem suas diferenças e como cada uma das soluções podem impactar suas organizações.
Estas buzzwords se tornaram populares devido ao crescimento e forte adoção dos serviços em Nuvem oferecidos pelos principais players do mercado como: AWS, GCP, Azure e dentre outros. Porém, esses modelos de serviço oferecidos pelos provedores de cloud disponibilizam diferentes níveis de controle, flexibilidade e gerenciamento para seu usuário.
IaaS
Neste modelo, independente do fornecedor a oferta é muito similar, onde o provedor de cloud escolhido pelo usuário disponibilizará a ele toda uma infraestrutura de TI automatizada e escalável com recursos de armazenamento, redes e segurança – de seus próprios servidores globais, cobrando apenas pelo que o usuário consumir. Funcionando basicamente como uma terceirização de servidores e data centers tradicionais, uma vez que o usuário contratante dos serviços fica responsável por realizar todo o provisionamento desejado em suas máquinas, como instalação e configuração de novos serviços, instalação de certificados, criação e manutenção das regras de firewalls, etc. No entanto, aspectos físicos da infraestrutura, como redundância de discos nos servidores, bancos de bateria, equipamentos de rede e conectividades, climatização, gerenciamento do virtualizador, etc, ficam sob a responsabilidade do provedor.
Este tipo de solução vem estimulando o mercado. Número mostram que em 2018, a IaaS foi responsável pela movimentação de US$ 31 bilhões, contra US$ 23,6 bilhões em 2017. Desde o início, o setor é dominado pela AWS (Amazon Web Services), líder global em receita, com 38% de participação no mercado. Em seguida aparece a Microsoft com 18%, a Google com 9% e o Alibaba com 6%.
A Infraestrutura como Serviço, impulsiona o crescimento das organizações que as utilizam, pois evitam o investimento demasiado em sua infraestrutura física, permitindo que o capital possa ser investido de forma mais estratégica, uma vez que custos e as responsabilidades necessárias para se manter essa infraestrutura local como energia, refrigeração, bancos de bateria, mecanismos de segurança, prevenção contra incêndio, manutenção preventiva, etc, ficam por contra do provedor, diminuem os tempos de parada de manutenção e consequentemente a indisponibilidade dos serviços, ainda trazem uma grande flexibilidade e escalabilidade para a solução.
Com o OpenStack – uma ferramenta OpenSource – as empresas podem instalar uma nuvem privada e implementar seu próprio ambiente IaaS. OpenStack é um sistema operacional em nuvem que controla grandes pools de recursos de computação, armazenamento e rede em um datacenter, todos gerenciados e provisionados por meio de APIs com mecanismos de autenticação comuns. Além da funcionalidade padrão de infraestrutura como serviço, componentes adicionais fornecem orquestração, gerenciamento de falhas e gerenciamento de serviços, entre outros serviços, para garantir a alta disponibilidade dos aplicativos do usuário. Um painel também está disponível, dando aos administradores controle enquanto capacita seus usuários a provisionar recursos por meio de uma interface web.
PaaS – Platform as a Service
Neste modelo, além de oferecer toda a conveniência do IaaS, o usuário já possui um conjunto de ferramentas necessários para desenvolver e gerenciar suas aplicações, com a conveniência de não precisar instalar ou gerenciar nada. Nesta modalidade, o usuário contratante tem apenas a preocupação com o código da sua aplicação, sendo muito utilizado por organizações/StartUPs que possuem recursos pessoais muito escasso e não possuem o know-how de um profissional SysAdmin.
Podemos implementar nosso próprio ambiente PaaS com ferramentas Opensource. Um exemplo de caso de uso é o OpenShift/OKD.
O OKD é uma distribuição do Kubernetes otimizada para o desenvolvimento contínuo de aplicativos e implantação multi locatário. O OKD adiciona ferramentas centradas no desenvolvedor e em operações no Kubernetes para permitir o desenvolvimento rápido de aplicativos, fácil implantação e escalonamento e manutenção do ciclo de vida de longo prazo para equipes pequenas e grandes. OKD é uma distribuição irmã do Kubernetes do Red Hat OpenShift.
SaaS
Em um nível mais alto, temos o Software como Serviço, que assim como a IaaS é mais fácil de definir, onde é caracterizado pela oferta de um produto completo , totalmente gerenciado e hospedado pelo fornecedor. Neste modelo, o usuário contratante realiza algum tipo de “assinatura” mensal ou adquiri uma espécie de licença temporária de uso e não tem nenhum tipo de responsabilidade perante a infraestrutura que sustenta o serviço propriamente dito, onde também não possui nenhum tipo de acesso aos servidores, realizando apenas o login no portal da aplicação. Podemos citar como exemplo, serviços como Dropbox, GSuite, Rankdone, OwnCloud e soluções de ERP.
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Software como serviço Opensource
O OwnCloud ou o NextCloud são sistemas como serviço de armazenamento e sincronização de arquivos. Como tal, ambos são é muito semelhante ao amplamente usado Dropbox, cuja principal diferença é que OwnCloud e o NextCloud são software open-source; permitindo assim, qualquer um de instalar e operar sem custo em um servidor privado, sem limite de espaço de armazenamento (com exceção da capacidade do disco rígido) ou o número de clientes conectados.
IaC – Infrastructure as a Code
Existe ainda um outro termo que é comumente confundido com o modelo de negócio dos termos anteriores, que é a Infraestrutura como código (IaC) , que apesar de se relacionar muito bem com a IaaS, ambas não são similares e nem fazem parte da mesma gama de ofertas.
A IaC é o processo de gerenciamento de datacenters e provisionamento de instâncias/servidores usando arquivos de configuração, ao invés de configurações manuais ou ferramentas de configuração interativas. A infraestrutura de TI envolvida consiste tanto de equipamentos físicos (servidores baremetal), como de máquinas virtuais e outros recursos associados. A principal característica da IaC é o uso de “scripts” ou definições declarativas em arquivos de texto, ao invés de processos manuais, isso fez com que fosse possível definir toda uma infraestrutura em arquivos e manter o controle de forma centralizada, permitindo que os arquivos sejam armazenados em um sistema de controle de versões (SCM), como Git, GitLab, Gogs ,etc..
Devido a flexibilidade da IaaS e à agilidade que as técnicas da IaC proporcionam, ambas podem ser agregadas perfeitamente trazendo benefícios imensos ao negócio. É provável que em alguns casos sejam ofertados em conjunto, mas esta não é uma premissa, sendo em alguns casos, apenas uma boa prática. Pode-se afirmar que a IaC suporta IaaS, mas os dois conceitos são bem distintos e não devem ser confundidos.
Tecnólogo em Computação em Nuvem
O Tecnólogo da computação em nuvem atua na análise dos indicadores do ambiente computacional, realiza a verificação da evolução de infraestrutura para otimizar recursos de hardware e software em um ambiente de cloud. Um Tecnólogo da Computação em nuvem Sênior ganha – em média – mais de R$ 18.000 ao mês.