A empresa MySQL AB foi a criadora deste banco de dados e o mantinha. Ela foi comprada pela SUN Microsystem que posteriormente foi comprada pela Oracle. No momento em que a Oracle fez a aquisição da SUN muitos adeptos ao software livre acreditavam que a Oracle fosse acabar com o MySQL já que ele “seria um concorrente”, porém não foi isso que aconteceu, e a Oracle manteve o modelo de negócio de vários outros softwares livres mantendo versão paga ( com subscrição) e versão “Community”.
Presente em duas versões, Community e Enterprise, o MySQL utiliza apenas uma versão do banco para ambas, o que as diferencia são os plugins presentes na versão Enterprise, que podem ser utilizados apenas através de uma subscrição, mas que podem ser facilmente substituídos por outras soluções desenvolvidas pela comunidade. A grosso modo, a diferença entre elas é que a versão paga possui algumas ferramentas customizadas, binários mais atualizados e até mesmo suporte a versão “Community”.
O correto seria dizer que o MySQL é um SGBDR – Sistema Gerenciador de Banco de Dados Relacional – em inglês RDBMS. Isso significa que ele lidará com os acessos, a concorrência de escrita e leitura, otimizações e tarefas que geralmente são muito complexas. O banco de dados, em si, pode ser considerado apenas como o arquivo em que os dados serão gravados.
Do contrário ao que possa parecer para profissionais que utilizam soluções de alto custo, o MySQL como software livre e open source possui recursos extremamente avançados para ambientes de missão crítica presentes em outros bancos de dados empresariais de código fechado e acesso sob licença, como transações, procedures, views, replicação e etc.
Dentre as características do MySQL, a mais conhecida é em relação a praticidade e facilidade de uso, porém os benefícios vão muito além disso, pois ele permite um gerenciamento de dados tão completo como várias soluções oferecidas por Banco de Dados que possuem preço de licenciamento elevados oferecendo benefícios como Particionamento, Segurança, Auditoria e Replicação nativa.
Por diversas razões o MySQL está fortemente ligado a linguagens de script como Perl e PHP, além da presença obrigatória em aplicações que utilizem WordPress. Tudo isso aliado ao suporte para versões em plataformas Windows ajudou na sua popularização – para bem, ou para o mal.
Nove dos dez maiores Web Sites usam MySQL com 99.999% de disponibilidade utilizando MySQL Cluster. Uma das provas do poder do MySQL estão nas empresas que o utilizam como Wikipedia, Facebook, YouTube, Uber, AirBNB, Netflix, DropBox, Twitter, LinkedIn, Slack, entre outros.
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InnoDB
O MySQL passou a dar suporte a transações somente com o aparecimento da engine InnoDB em 2001, mas somente em 2011 quando o InnoDB passou a ser a engine padrão é que ela ganhou muito mais notoriedade. O desenvolvimento do InnoDB começou em 1995 na Innobase Oy por Heikki Tuuri. Nos anos 2000 surgiu uma colaboração com a MySQL AB resultando na adição da engine InnoDB ao projeto.
InnoDB é a engine padrão a partir do MySQL 5.5, é a única engine – com excessões das engines de cluster – que suporta transações, FOREIGN KEY e self healing. Juntamente com a Archive, suporta row-level locking. É a engine com maior quantidade de variáveis relacionadas a performance e customização. Uma das características mais interessantes do InnoDB é o suporte a online DDL, isso significa que a grande maioria de operações DDL não causam lock nas tabelas.
Forks
Um fork é um projeto paralelo baseado em outro. Existem muitos casos em que um fork acaba se tornando um projeto de maior prestígio do que o original. O MySQL possui alguns primos, os mais famosos são o MariaDB e o Percona. É possível assumir – com raras exceções – que estes bancos de dados são compatíveis entre si.