Case:
Linux Debian customizado para mais de 100.000 equipamentos (terminais lotéricos e caixas eletrônicos) da Caixa Econômica Federal
Setor: Financeiro
Tecnologias:



Sobre o cliente
Criada em 1861, a CAIXA é uma empresa 100% pública e não é apenas um banco, mas também o agente responsável pelos programas sociais do Governo Federal como o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), o Programa de Integração Social (PIS), o Seguro-Desemprego, o Bolsa Família e, também, pelas unidades lotéricas. A Caixa está na vida dos brasileiros uma vez que prioriza setores como habitação, saneamento básico, infraestrutura e prestação de serviços, contribuindo significativamente para melhorar a vida das pessoas, principalmente as de baixa renda.
- Sobre o projeto
- Desafios na implantação
- Solução implementada
- Benefícios e resultados
Usar o Linux nos terminais lotéricos e nos caixas eletrônicos fazia parte de um amplo projeto para conseguir maior independência tecnológica dos fornecedores de TI utilizando soluções open source, pois o poder de negociação junto a alguns fornecedores era inversamente proporcional à dependência tecnológica.
Do ponto de vista operacional a Caixa precisava utilizar soluções de baixo grau de complexidade e aderentes as suas especificidades e que a curva de aprendizagem pelas equipes técnicas não fossem tão longas e cujo processo de implementação não onerasse com a aquisição de novos hardwares e novas redes de telecomunicações.
Do ponto de vista econômico, devido a alta competitividade imposta pelo segmento bancário, a Caixa buscava a redução dos custos de TI para que seus produtos fossem mais competitivos.
- Por questões de segurança e compliance o setor financeiro é bastante conservador e convencer o cliente a aceitar um software mantido por uma comunidade foi um grande desafio.
- Customizar o linux – sem gerar muitas imagens diferentes- para rodar em dezenas de hardwares diferentes adquiridos em diferentes licitações e com diferentes drivers para os periféricos.
- Distribuir as imagens e atualizar as versões para milhares de periféricos de forma centralizada e monitorar este ambiente e inventariar o parque de forma segura em um ambiente muito visado por golpistas.
- Manter e atualizar pacotes de customização e rotinas de atualização de forma remota para um parque de mais de 100 mil máquin.
- Recompilação do kernel, a fim de reduzir o mesmo para trabalhar apenas com as funcionalidades que são importantes para o ambiente.
As soluções com software livres e open source resolviam as necessidades da Caixa nos aspectos operacionais pois adaptavam-se ao ambiente da Caixa; Estratégicos, pois permitia internalizar a inteligência do negócio tornando-se mais independente de fornecedores e econômico pois o modelos colaborativo de desenvolvimento do Linux e softwares livres permitiam a redução de custos. Optou-se pela distribuição Linux Debian devido ao seu licenciamento GPL para evitar possíveis ‘lock-in’, sua comunidade ativa e a facilidade de se fazer customizações, adaptações de drivers e geração das imagens. Além disto, a curva de aprendizagem necessária para começar a empacotar pacotes para a distribuição é baixa, o que torna-se uma grande vantagem para os envolvidos no projeto, que é uma das principais formas de distribuir atualizações a alterações ao ambiente. Para o controle desta infraestrutura adotou-se o OCSInventory para controle do parque instalado.
- A economia anual com a adoção do Linux customizado em mais de 100.000 hardwares chega na casa das dezenas de milhões de reais.
- A imagem Linux Debian que foi gerada é extremamente leve e com elevado grau de segurança. Com isso a Caixa consegue em um único dia, distribuir e atualizar versões de aplicativos ou softwares de infraestrutura para todos os mais de 45.000 TFLs (terminais financeiro-lotéricos) , dando agilidade ao negócio.
- Depois do sucesso do Linux customizado nas loterias a Caixa expandiu o uso para os mais de 28.000 ATMs (caixas eletrônicos) e mais de 14.000 terminais financeiros nas agências da Caixa.